Se pararmos para olhar o universo à distância, veremos que em seus primeiros momentos ele era bem simples, era um espaço cheio de matéria, algo sem caracteres ou características. Era o que na mitologia Hindu se chama de “Turiya” – palavra que descreve algo como “sem atributos”. Leva tempo para ocorrer uma transformação em reinos mais criativos. A pré-condição para a criatividade é o desequilíbrio, o que os matemáticos atualmente chamam de Caos. Através da vida do universo, à medida em que caíam as temperaturas, surgiam estruturas compostas cada vez mais complexas. A partir do estado de fecundidade criativa, manifestava-se mais criatividade. O universo é uma máquina de fazer arte, um motor para a produção de formas cada vez mais novas de se estar conectado, e da justaposição cada vez mais exótica de elementos díspares.
Cada artista é uma antena para o Outro Transcendental. Enquanto seguirmos com nossa própria história para dentro disso e criarmos confluências únicas de nossa singularidade e sua singularidade, nós criamos coletivamente uma flecha a partir da história, do tempo, talvez até a partir da matéria, a qual vai redimir a ideia de que os humanos são bons. Esta é a promessa da arte, e sua realização nunca esteve tão perto do momento presente.
Transcrições para violão da suíte BWV 1007: equilíbrio estrutural, polifonia implícita e procedimentos de reelaboração analisados em J. S. Bach
Este trabalho estuda o processo de transcrição para o violão da Suíte I para Violoncelo de Johann Sebastian Bach (BWV 1007).
Partimos do princípio que o compositor reelaborou sua música de acordo com a capacidade polifônica do instrumento de destino, desta forma mapeamos os procedimentos compositor em sua própria reelaboração de obras do ciclo de cordas solo (violino e violoncelo, BWV 1001-1012) para o alaúde (BWV 995, 1000, 1006a).
Direcionamos o enfoque da nossa revisão de literatura às estratégias de polifonia implícita e o equilíbrio estrutural, partindo da compreensão formal do estilo composicional fortspinnung. Nas transcrições existentes dessa suíte, nosso método analítico foi a seleção e comparação de três versões por meio de uma grade colorida que identifica os procedimentos empregados de acordo com o levantamento realizado das reelaborações do compositor.
Averiguamos as transcrições da Suíte I de Göran Söllscher, Tilman Hoppstock e John Duarte. Além destes, no Prelúdio, incluímos Andrés Segovia/Manuel Ponce, Edson Lopes, Marcos Diaz, Jodacil Damasceno, John Mills e Ana Vidovic. Por fim, oferecemos uma transcrição própria da Suíte I BWV 1007 para o violão de seis cordas, incluindo sugestões para sete cordas, integrando as análises com a literatura revisada.
Link para dissertação na Biblioteca da Universidade Federal de Uberlândia
Vídeo com apresentação de slides da Defesa de Mestrado (2017)
Dissertação resultante do trabalho como pesquisador remunerado junto ao projeto "O REPERTÓRIO VIOLONÍSTICO E A PERFORMANCE: Estudos de revisão crítica" com orientação do Prof. Dr. Maurício Tadeu dos Santos Orosco.
2015 - 2017
Mestrado em Música.
Universidade Federal de Uberlândia, UFU, Brasil.
Título: TRANSCRIÇÕES PARA VIOLÃO DA SUÍTE BWV 1007: Equilíbrio estrutural, polifonia implícita e procedimentos de reelaboração analisados em J. S. Bach,Ano de Obtenção: 2017.
Orientador: Mauricio Tadeu dos Santos Orosco.
Bolsista do(a): Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, CAPES, Brasil.
Palavras-chave: transcrição de bach para violão.
Grande área: Lingüística, Letras e Artes