Se pararmos para olhar o universo à distância, veremos que em seus primeiros momentos ele era bem simples, era um espaço cheio de matéria, algo sem caracteres ou características. Era o que na mitologia Hindu se chama de “Turiya” – palavra que descreve algo como “sem atributos”. Leva tempo para ocorrer uma transformação em reinos mais criativos. A pré-condição para a criatividade é o desequilíbrio, o que os matemáticos atualmente chamam de Caos. Através da vida do universo, à medida em que caíam as temperaturas, surgiam estruturas compostas cada vez mais complexas. A partir do estado de fecundidade criativa, manifestava-se mais criatividade. O universo é uma máquina de fazer arte, um motor para a produção de formas cada vez mais novas de se estar conectado, e da justaposição cada vez mais exótica de elementos díspares.
Cada artista é uma antena para o Outro Transcendental. Enquanto seguirmos com nossa própria história para dentro disso e criarmos confluências únicas de nossa singularidade e sua singularidade, nós criamos coletivamente uma flecha a partir da história, do tempo, talvez até a partir da matéria, a qual vai redimir a ideia de que os humanos são bons. Esta é a promessa da arte, e sua realização nunca esteve tão perto do momento presente.
Camerata Dedilhada de Uberaba
O Projeto Camerata Dedilhada de Uberaba é um grupo de performance de repertório erudito na área de violão, gerando continuidade e aprofundamento às vivências artísticas de alunos e professores do Conservatório Estadual de Música Renato Frateschi.
Sob a coordenação do Professor Christhian Beschizza, eles exploram os extremos dos períodos musicais, o minimalismo e a música antiga.
A Camerata Dedilhada de Uberaba tem o compromisso de levar a música de violão clássico ao público em geral, proporcionando experiências musicais enriquecedoras. Seus concertos são apreciados por amantes da música, estudantes e entusiastas do violão clássico. O grupo se esforça para manter viva a tradição da música antiga enquanto também explora novas possibilidades e abordagens inovadoras.
Pretendemos manter oportunidade para a performance em grupo e a formação continuada na área de violão do conservatório;
Estimular os alunos:
no estudo do repertório erudito e composições próprias para o grupo,
na experiência prática de tocar em conjunto com colegas e professores,
aprofundar em tópicos sobre performance e presença de palco,
fomentar a filmagem e divulgação das gravações dos integrantes,
planejar e realizar apresentações ao público em formação;
Integrar as diferentes áreas do corpo docente e discente, com parceria com professores e alunos para participações em peças selecionadas de nosso repertório em recitais, tanto gravados como com público
Repertório
O repertório conta com partituras com tablaturas, possibilitando leituras mais fluidas, com arranjos e composições do coordenador do projeto. Algumas dessas peças também tem uma videoaula exclusiva com explicações de leitura e interpretação como base de estudo.
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Metamorphosis I e III, Glassworks abertura (Philip Glass)
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Em Dó (Terry Rilay)
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Greensleeves (Renascença)
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Canon (Pachelbel)
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Jesus Alegria dos Homens bwv 147 (Bach)
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Prelúdio Coral BWV 639 (Bach)
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Ave Maria (Schubert)
Philip Glass, conhecido por seu estilo minimalista, cria composições hipnotizantes e repetitivas que levam os ouvintes a um estado de contemplação profunda. Terry Riley, por sua vez, é conhecido por sua abordagem experimental e suas explorações musicais inovadoras. Ele desafia as convenções tradicionais e empurra os limites do que é considerado música. Johann Sebastian Bach, um dos compositores mais reverenciados de todos os tempos, escreveu algumas das peças mais famosas e desafiadoras para violão clássico. Suas composições são consideradas pilares do repertório de música clássica e exigem habilidade técnica e sensibilidade artística.
Responsabilidade Técnica:
Christhian Beschizza é o coordenador da área de violão no Conservatório Renato Frateschi e responsável pelo projeto. Desde elaboração de partituras do repertório, ensaios e agendamento de apresentações, gravações e divulgação dos resultados. Rege com Violão Barroco de 11 Cordas.
Seu estudo de princípios de transcrição para violão da música de J. S. Bach resultou em seu grau de Mestre pela Universidade Federal de Uberlândia. Sua pesquisa resultou na publicação online de dezenas de edições de músicas originais para violão e transcrições revitalizando um estilo antigo, com a notação histórica dos instrumentos dedilhados, as tablaturas abaixo das partituras. Conheça:
Recital no Conservatório:
Apresentação no início de 2023,
retomando as aulas e apresentações presenciais no Conservatório,
após a quarentena de COVID de 2019
A Camerata apresentou duas peças
de Philip Glass e Greensleeves,
além do duo Bachianinha nº 1de Paulinho Nogueira