Se pararmos para olhar o universo à distância, veremos que em seus primeiros momentos ele era bem simples, era um espaço cheio de matéria, algo sem caracteres ou características. Era o que na mitologia Hindu se chama de “Turiya” – palavra que descreve algo como “sem atributos”. Leva tempo para ocorrer uma transformação em reinos mais criativos. A pré-condição para a criatividade é o desequilíbrio, o que os matemáticos atualmente chamam de Caos. Através da vida do universo, à medida em que caíam as temperaturas, surgiam estruturas compostas cada vez mais complexas. A partir do estado de fecundidade criativa, manifestava-se mais criatividade. O universo é uma máquina de fazer arte, um motor para a produção de formas cada vez mais novas de se estar conectado, e da justaposição cada vez mais exótica de elementos díspares.
Cada artista é uma antena para o Outro Transcendental. Enquanto seguirmos com nossa própria história para dentro disso e criarmos confluências únicas de nossa singularidade e sua singularidade, nós criamos coletivamente uma flecha a partir da história, do tempo, talvez até a partir da matéria, a qual vai redimir a ideia de que os humanos são bons. Esta é a promessa da arte, e sua realização nunca esteve tão perto do momento presente.
Teoria Musical II: Escala Maior
Fundamental para o estudo de harmonia, tanto a escala maior quanto menor serão o pilar da construção do campo harmônico, de onde sairão os acordes para preencher cada função na criação de suas músicas.
Para começarmos, será necessário apresentar a relação de TOM e SEMITOM, e por decorrência falaremos sobre os ACIDENTES.
SEMITOM (ST): É a distância entre teclas adjacentes no piano ou trastes no violão. O intervalo é de segunda menor. Ex: Mi-Fa
TOM (T): É a distância entre DUAS teclas adjacentes no piano ou DOIS trastes no violão. O intervalo é de segunda maior. Ex: Fa-Sol
ACIDENTES: são sinais que alteram a altura de uma nota até o final do compasso. Os acidentes podem ser FIXOS, OCORRENTES ou de PRECAUÇÃO.
Fixos são aqueles que fazem parte da armação da clave. Seu efeito vale por todo o trecho musical
Ocorrentes são aqueles que aparecem no decorrer de um trecho musical predominando, somente, no compasso em que são escritos.
De precaução são aqueles que aparecem a fim de evitarem erros na leitura rápida.
Normalmente são grafados entre parêntesis.
*Sustenido: Sobe meio tom
*Bemol: Abaixa meio tom
*Bequadro: Elimina os acidentes
Também existem os dobrados-bemois e dobrados-sustenidos que alteram um tom inteiro.
A escala maior de Dó é formada pelas notas naturais (sem acidentes):
Dó – Ré – Mi – Fá – Sol – Lá – Si
Em termos intervalares, a escala maior adota o seguinte padrão:
T – T – ST – T – T – T – ST
Com essa fórmula em mente, podemos construir as escalas maiores de outros tons:
COM SUSTENIDOS:
SOL – Sol – Lá – Si – Dó – Ré – Mi – Fá#
RÉ – Ré – Mi – Fá# – Sol – Lá – Si – Dó#
LÁ – Lá – Si – Dó# – Ré – Mi – Fá# – Sol#
MI – Mi – Fá# – Sol# – Lá – Si – Dó# – Ré#
SI – Si – Dó# – Ré# – Mi – Fá# – Sol# – Lá#
FÁ# – Fá# – Sol# – Lá# – Si – Dó# – Ré # – Mi#
DÓ# – Dó# – Ré# – Mí# – Fá# – Sol# – Lá# – Si#
COM BEMÓIS:
FÁ – Fá – Mi – Sol – Lá – Sib – Dó – Ré – Mi
SIb – Síb – Dó – Ré – Mib – Fá – Sol – Lá
MIb – Mib – Fá – Sol – Láb – Sib – Dó – Ré
LÁb – Láb – Sib – Dó – Réb – Mib – Fá – Sol
RÉb – Réb – Mib – Fá – Solb – Láb – Sib – Dó
SOLb – Solb – Láb – Sib – Dób – Réb – Mib – Fá
DÓb – Dób – Réb – Mib – Fáb – Solb – Láb- Sib
Nesse momento você deve estar pensando:
“Como eu vou decorar as notas que constituem cada escala maior e qual o critério dos sustenidos e bemois?
Essas perguntas serão sanadas pela lição nº4, CIRCULO DE QUINTAS. Até lá, estude o padrão intervalar da escala maior e experimente as várias tonalidades no seu instrumento!